A ANAB foi fundada em março de 1994, concretizando-se assim os ideais de Tarcísio Couceiro e de Romildo Gomes. Não poderiam ter tido idéia melhor do que essa, uma vez que a nossa associação tem contribuído para o entrosamento dos participantes assistidos da nossa Fundação. Entre erros e acertos cometidos durante estes quase nove anos, gostaríamos de focalizar o modo como as nossas diretorias foram eleitas nestes três triênios de mandatos. A proverbial camaradagem, o coleguismo no trabalho, e a convivência próxima durante muitos anos fizeram com que na hora das eleições para as nossas diretorias e conselhos, o comodismo falasse mais forte do que as regras de uma eleição disputada, não por facções antagônicas, é claro, mas por pessoas adultas que se respeitam mutuamente. O resultado disso tem sido a eleição por aclamação; uma representatividade capenga. Este processo resolve o problema em meia hora de euforia . Palmas, abraços e tapinhas nas costas resolvem tudo. Não é bem assim. É bom lembrar que somos cerca de 400 associados e com essa metodologia somente dez por cento, talvez, tenha participado dessa forma de escolha das nossas diretorias. Que é cômodo é, não há dúvida, mas não é o ideal, convenhamos. A ANAB tem associados em outras regiões do país, e não são poucos, que gostariam de participar do processo de escolha de seus diretores e que não têm condições de comparecer às assembléias e por isso têm ficado à margem do processo e logo em seguida começam as divergências. Acredito que através do voto pelo correio isto seria resolvido satisfatoriamente. Seria, portanto, muito proveitoso que já a partir de agora o processo de renovação da atual diretoria começasse a ser desencadeado com iniciativas no sentido de que fossem compostas duas ou três chapas, pelo menos, e que começasse a ser montado pela ANAB um processo eleitoral com a participação de todos os nossos associados (os contribuintes, os isentos, inclusive dos outros estados ), a exemplo do que foi feito, diga-se de passagem, com grande êxito, quando da eleição da diretoria executiva e conselhos da Fundação. A ANAB tem tudo para repetir a façanha. Uma outra forma que poderia ser utilizada, e muito menos burocrática, é a de se fazer uma prévia, através de formulário encartado em nosso jornal, com envelope retorno selado, onde os associados sugeririam a sua chapa preferida para a diretoria executiva. Apuradas as preferências, seria montada uma chapa única, com os preferidos em maioria, para apresentação e votação pelos presentes à assembléia geral convocada para a eleição da nova diretoria. Dessa forma, teríamos uma diretoria eleita na base do consenso, sem a necessidade de um processo eleitoral requintado. O mandato da atual diretoria expira em março de 2003; que vai dar muita mão de obra, vai, mas que é o melhor caminho, não há dúvidas. Assim seriam atendidos gregos e troianos e a ANAB teria uma diretoria eleita por sugestão da maioria dos seus associados. Lembram daquela estorinha da assembléia dos ratos ! Pois é! Se temos que amarrar o guizo no pescoço do gato, que o façamos elegendo pelo voto os encarregados da continuidade dessa tarefa na diretoria e nos conselhos da ANAB para o próximo triênio.