segunda-feira, 10 de março de 2003
ERMITÃO URBANO
É comum no universo de aposentados e pensionistas a prática pouco salutar do viver sozinho, isolado, sem convívio social, sem uma relação interpessoal. Uns por opção, outros forçados pelas circunstâncias; doença, temperamento anti-social (misantropia), por dificuldades financeiras, ou até por razões outras que não nos cabe analisar aqui. Basta a pecha de terceira idade ! Neste estágio da vida deve-se procurar fazer exercícios físicos e ter atividade mental. Do contrário, a vida que se levou e a que se leva passa a não ter sentido. Entregar-se ao ócio é péssimo para o corpo e o espírito.
Uma das coisas salutares para combater os males do sedentarismo e desse isola-mento é o vínculo associativo. É através dele que se põe em prática uma sociabili-dade que existe dentro de cada um de nós e que faz com que não sejamos ermitões urbanos. Ninguém está obrigado a ser amigo de ninguém, amizade é uma opção, mas temos que aceitar o outro como ele é, assim como ele nos aceita da maneira que somos. Trata-se de uma prática de vida cristã que não aceita discriminações quaisquer que sejam os fundamentos desse comportamento.
As associações de classe existem não apenas para defesa de direitos dos seus as-sociados mas também como elo para o aglutinamento das diversas gamas de per-sonalidades. Dizer que não gosta do ambiente da entidade é o mesmo que renegar aquela convivência dos tempos de profissionais que viviam lado a lado nas lides diárias. Não adianta chutar o pau da barraca se você está dentro dela, porque tudo cairá sobre a sua cabeça.
Reviver situações vividas em ambiente de trabalho, trocar figurinhas, como se diz, faz bem a todos. No caso da ANAB, temos o nosso encontro mensal, onde cada um aproveita a ocasião para confraternizar, passar algumas horas desligado de pro-blemas comuns a todos nós ou até mesmo tomar conhecimento do que se passa com a nossa Fundação. A nossa associação dispõe, também, de uma sede espa-çosa, com telefone, fax e acesso à Internet, onde os associados podem se encontrar para resolver negócios particulares ou bater um papo com colegas.
As rotinas do dia a dia, mesmo as daqueles que não têm atividades profissionais, concorrem para uma má qualidade de vida e precisam, de vez em quando, ser que-bradas com momentos de descontração e lazer. É isto o que cada um deve procu-rar, no meio onde vive ou nos encontros da nossa associação. Algumas doses de whisky, umas boas piadas, conversas de compadres e comadres, comentários so-bre apelidos e situações vividas no trabalho, abraços e tapinhas nas costas são ingredientes de qualquer encontro de ex-colegas de trabalho. Com certeza, tudo isso é bom e faz muito bem.
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