Alguma vez na sua vida você sonhou em ser martelo? E prego! Está na cara que ser prego nunca foi vantagem pra ninguém e muito menos sonho de consumo. Há um provérbio que diz “ cabrito bom não berra ”. Não é o nosso caso, pois não chegamos a ir ao matadouro, mas ficamos na fila durante 10 anos. Este provérbio insinua ainda a ida ao matadouro sem protesto. Também não foi o nosso caso. Sempre demonstramos a nossa insatisfação com o “status quo” estabelecido; particularmente prefiro aquele que diante de uma situação impositiva disse “ concordo, mas a terra gira ”. Estamos nessa situação; fizemos o acordo, mas que perdemos, e muito, perdemos. Voltemos ao prego. Com certeza não entortaremos, apesar das últimas marteladas que recebemos. E a nossa luta agora é, num primeiro momento, chamar a atenção dos nossos co-irmãos para a situação daqueles colegas, aposentados ou pensionistas, que recebem da Fundação um valor irrisório, menor que R$ 100,00. Onde está o nosso espírito de solidariedade? Que a Fundação tem suas regras todos nós sabemos. Mas é preciso encontrar uma solução para essa situação de penúria de alguns dos nossos colegas. Não se trata aqui de fazer caridade. Não, não é isso. Trata-se de praticarmos a solidariedade. E não adianta ser solidário somente em palavras. É preciso materializar essa solidariedade com gestos. Três sentimentos estão em jogo: a generosidade, a solidariedade e a gratidão. A generosidade manifestada na disposição de ajudar; a solidariedade, no gesto de apoio às ações que se apresentarem e a gratidão, um dos sentimentos mais nobres do ser humano, ao agradecermos a Deus pelo que conseguimos e temos. Não importa o que somos e o que temos porque o bem maior, a vida, foi-nos dada de graça.