quarta-feira, 8 de maio de 1996

EMPRÉSTIMO



Você já tomou alguma coisa emprestada? Você é bom pagador? Que assunto mais chato, dirá você.Então não continue a leitura. Combinado? Será que você não é curioso? Deixa pra lá, vá ler outra matéria. Tá bem? Vamos ao assunto. Tomar emprestado é o nosso tema. Qual a razão porque se toma alguma coisa emprestada? Claro que é a necessidade de se utilizar o objeto do empréstimo para se ter algum proveito. A contrapartida é a devolução daquilo que se tomou emprestado. Correto? Claro que sim. Mais uma coisinha. Você conhece alguma pessoa que se utilizou do empréstimo sempre que algo muito importante aconteceu na sua vida? Não! Sim! Pois bem: Jesus Cristo é a resposta. Os pães e os peixes, quando da multiplicação dos pães; emprestado. O burrinho que utilizou na entrada triunfal em Jerusalém; de quem era? Não era dele. Tomou emprestado. Procure ler o texto bíblico. O local onde realizou a última ceia; emprestado. Os barcos, quando atravessava o lago; emprestado. O manto que utilizou na coroação de espinhos; emprestado. Para carregar a cruz até o Calvário, tomou emprestado a força física do Cirineu. E, finalmente, o túmulo onde foi sepultado pertencia a José de Arimatéia que o cedeu para o seu sepultamento. Veja bem, se você gostou desta matéria, envie-nos a sua colaboração escrita.  


sábado, 20 de janeiro de 1996

MISSÃO CUMPRIDA



Nesta mesma coluna, faz um ano, o nosso coirmão e Presidente da ANAB, Dácio Rossiter dizia no seu editorial de lançamento do nosso boletim que ele pretendia ser o elo de ligação para estreitar, ainda mais, os laços que nos unem.
Decorrido um ano, temos a satisfação de constatar que isso está acontecendo. O nosso Boletim começa a despertar o interesse de todos os aposentados, pois a cada distribuição estamos recebendo correspondência dos nossos colegas, num claro reconhecimento do nosso trabalho. O Boletim ANAB tem sido realmente um elemento de integração entre nós da ANAB, os nossos colegas aposentados e a própria Fundação. Tem concorrida para isso o destaque que temos dado á divulgação de notícias de interesse geral, afastando, com isso,  quaisquer outras não confiáveis e que só traziam preocupações infundadas e incertezas para o nosso contingente de assistidos da Fundação. Estamos no caminho certo. Continuaremos a empregar todos os nossos esforços no sentido de que o Boletim ANAB seja realmente um elo de ligação entre todos os nossos coirmãos. Conclamamos a todos para que com a sua colaboração contribua para que esta publicação continue a proporcionar aos nossos colegas aposentados  as informações de que eles precisam, partidas de uma fonte insuspeita. 
Lembramos que não foi fácil chegar até aqui. No princípio tivemos dificuldades, e não foram poucas. O Boletim estava sendo feito a duas mãos. Necessitávamos  que fosse feito  com a colaboração de todos.; e isto está acontecendo agora. É realmente gratificante constatar que isso é verdade. Só esperamos que esta chama não se apague e que o nosso Boletim continue exercendo o papel a que se propõe.




quarta-feira, 10 de janeiro de 1996

DIA DOS APOSENTADOS



Transcorreu no dia 24 de janeiro passado o DIA DO APOSENTADO. Será que há mesmo o que comemorar? Infelizmente, o que se vê e o que se sabe é que não há nada a comemorar. Só uns poucos, mas poucos mesmo é que podem comemorar essa data. A grande maioria amarga as incertezas desse tratamento desumano e fica à mercê  de uma política onde os interesses individuais prevalecem sobre os do cidadão. E enquanto assim for, o aposentado brasileiro pagará esse tributo imoral. É frustrante para o aposentado constatar que para sobreviver terá que exercer alguma atividade  que lhe proporcione auferir a defasagem entre os seus ganhos de ativo e a sua renda de aposentadoria. E os pensionistas? Que dizer da sua condição? Todos sabem que os ganhos dos pensionistas são calculados sobre a renda de aposentadoria.  A redução é tão grande que escandaliza. Haveria como solucionar ou remediar tamanha injustiça? Da parte do governo, não. A solução seria a previdência privada, que de tão privada poucos têm acesso a ela. Isso acontece porque o poder aquisitivo da massa assalariada não tem folga para a aquisição de um desses planos. O custo da previdência privada é alto por razões atuariais. Uma delas é a falta de massificação do produto. E aí forma-se um círculo vicioso. Não há poder aquisitivo para isso; em conseqüência não há venda do produto; sem venda não há massificação; sem massificação não há como obter-se contribuição acessível.É uma situação difícil também para quem  está em atividade por não ver um futuro promissor para a sua própria aposentadoria, porque a sua faixa etária torna proibitivo recorrer a planos complementares. A situação do aposentado brasileiro, portanto, não deixa, no mínimo, de ser vexatória. Comemorar o que ?