Transcorreu no dia 24 de janeiro passado o DIA DO APOSENTADO. Será que há mesmo o que comemorar? Infelizmente, o que se vê e o que se sabe é que não há nada a comemorar. Só uns poucos, mas poucos mesmo é que podem comemorar essa data. A grande maioria amarga as incertezas desse tratamento desumano e fica à mercê de uma política onde os interesses individuais prevalecem sobre os do cidadão. E enquanto assim for, o aposentado brasileiro pagará esse tributo imoral. É frustrante para o aposentado constatar que para sobreviver terá que exercer alguma atividade que lhe proporcione auferir a defasagem entre os seus ganhos de ativo e a sua renda de aposentadoria. E os pensionistas? Que dizer da sua condição? Todos sabem que os ganhos dos pensionistas são calculados sobre a renda de aposentadoria. A redução é tão grande que escandaliza. Haveria como solucionar ou remediar tamanha injustiça? Da parte do governo, não. A solução seria a previdência privada, que de tão privada poucos têm acesso a ela. Isso acontece porque o poder aquisitivo da massa assalariada não tem folga para a aquisição de um desses planos. O custo da previdência privada é alto por razões atuariais. Uma delas é a falta de massificação do produto. E aí forma-se um círculo vicioso. Não há poder aquisitivo para isso; em conseqüência não há venda do produto; sem venda não há massificação; sem massificação não há como obter-se contribuição acessível.É uma situação difícil também para quem está em atividade por não ver um futuro promissor para a sua própria aposentadoria, porque a sua faixa etária torna proibitivo recorrer a planos complementares. A situação do aposentado brasileiro, portanto, não deixa, no mínimo, de ser vexatória. Comemorar o que ?
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