sábado, 20 de janeiro de 1996

MISSÃO CUMPRIDA



Nesta mesma coluna, faz um ano, o nosso coirmão e Presidente da ANAB, Dácio Rossiter dizia no seu editorial de lançamento do nosso boletim que ele pretendia ser o elo de ligação para estreitar, ainda mais, os laços que nos unem.
Decorrido um ano, temos a satisfação de constatar que isso está acontecendo. O nosso Boletim começa a despertar o interesse de todos os aposentados, pois a cada distribuição estamos recebendo correspondência dos nossos colegas, num claro reconhecimento do nosso trabalho. O Boletim ANAB tem sido realmente um elemento de integração entre nós da ANAB, os nossos colegas aposentados e a própria Fundação. Tem concorrida para isso o destaque que temos dado á divulgação de notícias de interesse geral, afastando, com isso,  quaisquer outras não confiáveis e que só traziam preocupações infundadas e incertezas para o nosso contingente de assistidos da Fundação. Estamos no caminho certo. Continuaremos a empregar todos os nossos esforços no sentido de que o Boletim ANAB seja realmente um elo de ligação entre todos os nossos coirmãos. Conclamamos a todos para que com a sua colaboração contribua para que esta publicação continue a proporcionar aos nossos colegas aposentados  as informações de que eles precisam, partidas de uma fonte insuspeita. 
Lembramos que não foi fácil chegar até aqui. No princípio tivemos dificuldades, e não foram poucas. O Boletim estava sendo feito a duas mãos. Necessitávamos  que fosse feito  com a colaboração de todos.; e isto está acontecendo agora. É realmente gratificante constatar que isso é verdade. Só esperamos que esta chama não se apague e que o nosso Boletim continue exercendo o papel a que se propõe.




quarta-feira, 10 de janeiro de 1996

DIA DOS APOSENTADOS



Transcorreu no dia 24 de janeiro passado o DIA DO APOSENTADO. Será que há mesmo o que comemorar? Infelizmente, o que se vê e o que se sabe é que não há nada a comemorar. Só uns poucos, mas poucos mesmo é que podem comemorar essa data. A grande maioria amarga as incertezas desse tratamento desumano e fica à mercê  de uma política onde os interesses individuais prevalecem sobre os do cidadão. E enquanto assim for, o aposentado brasileiro pagará esse tributo imoral. É frustrante para o aposentado constatar que para sobreviver terá que exercer alguma atividade  que lhe proporcione auferir a defasagem entre os seus ganhos de ativo e a sua renda de aposentadoria. E os pensionistas? Que dizer da sua condição? Todos sabem que os ganhos dos pensionistas são calculados sobre a renda de aposentadoria.  A redução é tão grande que escandaliza. Haveria como solucionar ou remediar tamanha injustiça? Da parte do governo, não. A solução seria a previdência privada, que de tão privada poucos têm acesso a ela. Isso acontece porque o poder aquisitivo da massa assalariada não tem folga para a aquisição de um desses planos. O custo da previdência privada é alto por razões atuariais. Uma delas é a falta de massificação do produto. E aí forma-se um círculo vicioso. Não há poder aquisitivo para isso; em conseqüência não há venda do produto; sem venda não há massificação; sem massificação não há como obter-se contribuição acessível.É uma situação difícil também para quem  está em atividade por não ver um futuro promissor para a sua própria aposentadoria, porque a sua faixa etária torna proibitivo recorrer a planos complementares. A situação do aposentado brasileiro, portanto, não deixa, no mínimo, de ser vexatória. Comemorar o que ?