quinta-feira, 28 de fevereiro de 2002

TRAJETORIA COM TROPEÇOS



A nossa Fundação completará 23 anos em julho deste ano. De todo esse período de existência, já estamos há seis em regime de  administração especial (Intervenção da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência e Assistência Social).
Durante todo esse período de intervenção temos visto por um fio o sonho da aposentadoria com qualidade de vida, prometida quando da criação da Fundação. E o que temos hoje? Dúvidas; muitas dúvidas sobre a sobrevivência da nossa querida BFS. Muitos dos nossos já se foram; pouquíssimos haverão de se aposentar, no futuro. Não estamos pintando um quadro negro; talvez um pouco cinzento. Os nossos patrimônios individuais, se é que todos têm, cada vez mais desgastados, quando não estão sendo alienados. A nossa subsistência ameaçada pela não correção dos benefícios, pois, a cada ano que passa o que recebemos vale menos. Muitos já mantêm  o seu plano de saúde no limite. E daí, o que nos reserva essa situação?  Somos vítimas das circunstâncias; dos processos e das ações judiciais não resolvidas; enfim, de uma burocracia cruel e de fatores outros que concorrem para o adiamento de soluções cruciais para a nossa Fundação. Enquanto isso, somos torturados com processos administrativos incoerentes que nos obrigam a despesas não programadas com assessoramento para defesa dos mesmos, além da angústia e da incerteza da continuidade do recebimento dos benefícios a partir da recepção da correspondência relacionada com esses processos administrativos que nada informam sobre o assunto.
É constrangedor ter que falar sobre esses assuntos, mas é necessário que se diga que tudo isso acontece sem que os participantes tenham um naco de culpa. Peçamos a Deus que ilumine as cabeças pensantes que têm a responsabilidade de resolver todo esse emaranhado de situações, para que nós e as nossas famílias possamos desfrutar, definitivamente, do sossego e paz tão almejados para a fase final das nossas vidas. É preciso que haja uma definição dessa situação. Quem nos deve, que nos pague; quem tem poder de decisão, que decida. O que não pode acontecer, é continuarmos nessa indecisão massacrante, para não dizer macabra, que tanto perturba a todos nós. Muitos dos nossos colegas estão sendo intimados a devolver valores indicados em processos administrativos conhecidos da maioria. A esta altura dos acontecimentos, não estariam essas devoluções prescritas? O que é então prescrição; em que casos ela acontece e em que lapso de tempo? Colegas nossos, Advogados, bem que poderiam nos dar um esclarecimento a respeito. Enfim, aposentadoria e angústia não rimam. Tranqüilidade, sossego, paz, saúde e muito mais é o que desejamos a todos os nossos colegas aposentados e pensionistas 

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