Houve sempre uma preocupação das pessoas em usar símbolos para indicar começo e fim . Um exemplo clássico é o alfa e ômega. Vamos nos deter na estrela e na cruz, mesmo porque é um simbolismo muito ligado à nossa existência. Quanto à estrela, não importa que ela seja de Davi, Dalva, do mar, Cadente, matutina ou vespertina, polar e tantas outras. Uns nascem com ela na testa, outros nem tanto. Para uns é posto, para outros é símbolo de qualidade, e por aí vai. A cruz também tem seu simbolismo; é de Cristo, de Lorena, é vermelha, é salvação, é fardo, é sofrimento. Ambas, estrela e cruz também indicam começo e fim. Quando nascemos o simbolismo é a estrela, quando morremos é a cruz. É assim nas lousas dos campos santos ou cemitérios, como queiram. Para muitos, estrela incomoda porque seu olhar é vesgo e não aceitam brilho maior do que o seu, muito embora o brilho do sol não resista ao cobertor das nuvens. Temos que aprender a olhar com o coração para enxergar a alma das pessoas. A cruz nem sempre é sinal de sofrimento, pode também marcar felicidade como na testa e no peito dos catecúmenos ou na ratificação do casamento unindo os noivos. Que cada um cuide da sua estrela sem, no entanto, ofuscar os outros e a sua cruz se tornará mais leve. Estrela e cruz, princípio e fim, disso não escaparemos, porque estes dois símbolos um dia atestarão a nossa fragilidade na sentença final rumo ao pó.
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
PRAGA DE CORUJA
Um provérbio popular diz que “ urubu quando está de azar, o de baixo suja o de cima”. Eu sempre soube que a vida é um dom de Deus, e que a ele pertence. Acredito piamente nisso. Acredito também, por conseqüência, que ninguém tem o direito de dispor da sua vida ou da de outrem ao ponto acabar com ela. Se alguém discorda dessas afirmativas tem todo o meu respeito. Dito isto, não posso aceitar que algum astrólogo limite a minha vida ao longo do tempo. Seria desafiar a providência de Deus. Foi publicado num jornal de grande circulação dessa nossa cidade do Recife que nós participantes da Fundação Banorte estaremos todos mortos dentro de 18 anos. Isso mesmo, dezoito anos. Não sei se entenda essa afirmação como gozação ou como mau agouro. Como gozação é piada de mau gosto; como praga de coruja, não acredito em superstição. Fico pensando na situação daqueles que estarão vivos nas vésperas de se completarem os 18 anos. Coitados, terão que encomendar os seus sepultamentos à vista porque estando mortos naquela data nenhuma funerária vai lhes conceder prazo para pagamento. Como piadas só fazem rir, temos todo direito de gargalhar e desejar outra profissão para os astrólogos. Só faltava essa!
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