O convívio humano se dá de muitas formas dentro da sociedade. Não há dúvida de que isso nos leva a analisar comportamentos os mais diversos no chamado relacionamento interpessoal. Claro que isso nos direciona para o grupo familiar; para o local de trabalho; para os diversos ambientes onde não se está sozinho. Vou me ater a dois conceitos que julgo muito importantes, ou seja, esses conceitos como sendo idênticos, o que não é verdade. No ambiente de trabalho, por exemplo, dadas as condições de competitividade muito presentes, o que se pode ter é ótimos colegas, bons colegas e outros não tão bons, respeitadas as diferenças naturais. Considere-se também a empatia entre as pessoas. O que ocorre é que conviver com a diferença é a regra. Temos que aceitar as pessoas como elas se apresentam , amigos nós escolhemos. Lembrar que conviver com o diferente é importantíssimo e é uma condição para um relacionamento aceitável em qualquer grupo dentro da sociedade. Portanto, chamar de amigo uma pessoa na condição de colega é, no mínimo, precipitado, uma vez que as características de amizade não estão presentes. Quanto ao conceito de amigo, lembro um provérbio latino que diz: “ O amigo certo conhece-se na hora incerta”. Considerando essa característica, as pessoas muitas vezes são surpreendidas com atitudes oriundas do inesperado. Aí sim, tem-se materializado uma das faces do verdadeiro conceito de amigo. Na verdade amigos muitas vezes estão ao nosso lado sem que percebamos. Portanto, nomear amigos nem sempre representa o que julgamos. Não se trata da negação do conceito geral de amizade, mas do nosso linguajar social, inadequado à definição de amizade. Na bíblia, no livro Eclesiástico, capítulo 6, 5-17, encontram-se definições de amizade válidas até os nossos dias. E vejam que se presume este texto ter sido escrito no primeiro quarto do século II a.c . Como se vê, coleguismo e amizade são conceitos com características diversas. Amigo não é o que se nomeia, mas o que se apresenta.
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