sexta-feira, 15 de setembro de 1995

TRONO DE BARRO



As diversas atividades humanas, sejam ou não de caráter profissional, tendem a levar as pessoas para o campo das vaidades pessoais. Passam, então, a cultivar vaidades e mesmo autoritarismo, sob os mais diversos aspectos.
Isto acontece na maioria  das vezes pela falta de formação, por um exagerado processo de auto-estima ou supervalorização de delegações recebidas, com a tendência de perfeccionismo.
Esquecem essas pessoas que cargo, funções, delegações, são situações efêmeras. São temporárias e um dia acabam. Isso é inexorável.
O pior é que muitas pessoas não conseguem descer desses tronos de barro depois que não mais os ocupam.E essa postura não só dificulta o seu relacionamento após perderem o trono, como as mantém fora da realidade comunitária do dia-a-dia.
Claro que nem todos se comportam assim. Mas acontece, frequentemente, com pessoas que exerceram altos cargos ou mesmo simples  funções de chefia, a quaisquer níveis. Seria bom que elas lembrassem que aquele tempo passou. Foi bom enquanto durou e que a realidade agora vivida é bem diferente.
Nas associações de aposentados, como a nossa, é preciso existir uma coexistência harmoniosa a fim de que todos, merecendo idêntico grau de importância, possam desfrutar do mesmo tratamento e respeito. Todos devem estar conscientes de que o essencial é o relacionamento entre os coirmãos. Não importa de que nível funcional viemos. Vamos, portanto, viver o nosso grande momento de aposentados. Curtir os netos e dar graças a Deus pela saúde que nos concede. E que nos permite  até desempenhar uma outra atividade para preencher o tempo e agregar uma receita adicional ao orçamento.
Não esqueçamos, nunca, o nosso status de aposentados, em toda a sua amplitude. Isso vai nos assegurar a manutenção do equilíbrio físico e emocional de que tanto necessitamos para cumprir essa etapa de nossas vidas.






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