segunda-feira, 31 de dezembro de 2001

POÇO DE MALDADES


Temos um regulamento que atropela as nossas vidas desde a sua implantação em Agosto de 1991. Tudo o que tem acontecido de negativo em nossa Fundação é justificado, sempre, como  em concordância com o regulamento e a legislação vigente. A julgar pelos processos administrativos em que estão envolvidos todos os participantes da Fundação, este Regulamento de 1991 tem sido um desastre generalizado. Isto nos faz pensar que este malfadado regulamento, aprovado diga-se de passagem, pelo Conselho de Curadores da Fundação e pela Secretaria da Previdência Complementar do Ministério da Previdência e Assistência Social, e não pelos participantes, é, na verdade, um poço de maldades. E a responsabilidade por tudo isso, de quem é ? Jamais teremos uma resposta, haja vista o que aconteceu com outras indagações feitas neste nosso jornal. Em relação a nós participantes, de acordo com a Lei, temos o direito de conhecer o exato texto deste regulamento. O regulamento de 1991 conhecemos, porque todos nós o recebemos. Mas, as alterações introduzidas nele no segundo semestre  de 2000, não são do nosso conhecimento; não foram informadas oficialmente aos participantes conforme preceitua a Lei. Essas alterações não podem ser desconhecidas dos participantes por menores que sejam elas. Soubemos que uma das tarefas do novo interventor que está à frente da Fundação desde dezembro de 2001 é fazer uma auditoria no Regulamento em vigor, o que consideramos uma decisão acertada. Aliás, esta providência deveria ter sido tomada antes mesmo da desastrada auditoria nos benefícios individuais. Desastrada por falta de credibilidade, uma vez que a segunda foi feita por discordar da primeira; e se fosse feita uma terceira, hein ! Desastrada no sentido de ter transtornado a vida dos nossos colegas aposentados e pensionistas já tão cheia de problemas financeiros decorrentes da falta de correção dos seus benefícios desde que foi implantada a intervenção em junho de 1996; desastrada também no sentido de ter provocado um desgaste emocional em todos nós que temos responsabilidades  diante das nossas famílias. Enfim, por conta de tudo isso, temos amargado um desgaste da nossa qualidade de vida, cuja manutenção, tão prometida quando da criação da Fundação, foi para o  brejo. O que era esperança de continuidade de padrão de vida, virou utopia. Que maldade, hein ! 

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