terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CARNEIRO E MAUSOLÉU


A nossa língua portuguesa muitas vezes nos surpreende com palavras desconhecidas do grande público. Em geral são vocábulos eruditos  ou, às vezes, de difícil aceitação por ignorância vocabular. Nós preferimos, para designar pessoas idosas, chamá-las de velho, e não de longevo, não obstante utilizarmos com facilidade o vocábulo longevidade. Outro exemplo é o uso do verbete “ bastante” com o significado de muito. Exemplos não faltam.
   Quando você se refere a sepultamentos fala sempre em gaveta, para significar sepultura, não é verdade? Só que você não sabe que o nome correto daquela gaveta é “carneiro”, isso mesmo, carneiro.  Aí você vai dizer: Caraca! Sempre soube que a palavra carneiro significava o animalzinho da família do gado lanígero. Pois é! Numa língua onde “pois não” significa sim, vez por outra vamos ter surpresas. Este é outro exemplo do não uso da palavra correta em determinadas situações. Seria muito estranho ouvir alguém dizer: Fulano de tal foi sepultado num carneiro, no cemitério tal. A fluência vocabular adquire-se com a leitura, qualquer leitura, não importa o gênero  daquilo que se lê. Ah! E o mausoléu? Este é uma sepultura suntuosa, nada mais do que isso. É o inverso da cova rasa. O apelo então é; adquira o hábito de ler e assim adquirirá uma fluência vocabular tão necessária no nosso convívio social.
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