Em épocas diferentes as pessoas têm sido vítimas de diferentes vícios com características as mais diversas. O álcool e o tabaco sempre se destacaram, talvez porque considerados como drogas lícitas. O álcool produzido em larga escala pela agroindústria sempre esteve presente no vício das pessoas através das diversas bebidas onde ele está presente sob inúmeras formas e sofisticação; leva os viciados a muitos desacertos nas suas vidas, como a perda da autoestima e a destruição das famílias. Quanto ao tabaco, tem o seu rastro destruidor na saúde de seus usuários também sob formas diferentes e conhecidas, como o rapé, o charuto e o cigarro, este último como praga dos nossos dias. Antigamente, e bota antigamente nisso, era comum vê-se pessoas, principalmente homens, portando nos bolsos de suas vestes o corrimboque, depositário do rapé. Trata-se do tabaco reduzido a um fino pó que era aspirado pelas narinas do viciado. Imagine-se o aspecto das vestes e mãos dessas pessoas com a manipulação do produto, e também a aparência dos senhores bigodudos, pois o rapé não aspirado escorria pelos bigodes e roupas dos usuários. O corrimboque era um utensílio geralmente feito de chifre e com os seus formatos trabalhados artisticamente e até certo ponto denunciava status. O charuto, de uso muito restrito atualmente, durante muito tempo foi sinônimo de status. O ritual do seu acendimento requer técnica e até alguns apetrechos. Por fim, aparece o cachimbo, também objeto utilizado pelos amantes do tabaco. Diferentemente do rapé e do charuto, o cachimbo sempre foi muito utilizado pelos usuários do tabaco de todas as classes sociais e com formatos dos mais simples aos mais sofisticados e até artisticamente produzidos com os mais variados materiais. Em muitos casos foi utilizado como referência de status. Atualmente é utilizado para manutenção do vício mortal da droga do século, o crac. Podemos afirmar que hoje o corrimboque e o cachimbo, em relação ao tabaco, caíram em desuso, com a predominância do cigarro. O vício continua, a forma de uso da droga é que mudou.
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