sábado, 18 de maio de 2019
ESPERANDO A SEGUNDA-FEIRA
Há fases na vida em que as pessoas necessitam tomar algum tipo de decisão, às vezes de forma inesperada. Refiro-me ao morar sozinho. Podemos até ampliar a reflexão para outras circunstâncias que se impõem. Os jovens, por exemplo, são impelidos a isso por terem adquirido independência financeira, ou por aspirarem a uma liberdade que nem sempre é benfazeja. Muitas vezes não ocorre o morar sozinho mas, o morar em grupo; são opções que se apresentam. Uma outra situação é a da perda do companheiro ou companheira quando os casais não têm mais os filhos ao seu redor. A essa altura surge a decisão por morar sozinhos face a já avançada diferença de estilos de vida dos filhos. A opção por morar sozinho também ocorre pelo fato de se perder a liberdade relacionada com os próprios costumes enraizados e vividos ao longo do tempo. São situações peculiares a que todos nós estamos sujeitos e que as experiências vividas é que vão alicerçar a decisão a ser tomada. O morar sozinho tem as suas peculiaridades inerentes a esse estado de vida. Administrar os itens vividos no quotidiano pode se apresentar como uma tarefa não muito fácil para quem não tem experiência dos afazeres domésticos. Daí, porque deve ser uma decisão tomada em cima de uma análise acurada do assunto. Para os idosos, o morar sozinho tem suas peculiaridades, uma delas é o fato de com a perda de mobilidade e a falta do companheirismo perdido surgirem lacunas de tempo ocioso, o que torna angustiante e tedioso o viver sozinho. Aquele fim de semana que parece não acabar nunca. Daí a sensação de se estar sempre esperando a segunda-feira.
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